domingo, 20 de janeiro de 2008

The Boy's Back in Town

Certo, chega de moleza. Vamos reativar o Waru. Vamos jogar lenha, abanar o fogo. Estou de volta. Alive and kicking!

A semana imediatamente após a chegada da Europa foi corrida. Início de novo trabalho, colocar a vida em dia, pagar contas, etc. Mas vamos lá. Tem muitos "causos" pra contar.

E, como meus amigos aziagos foram muito - mas muito - gente boa comigo, e realmente retiraram a minha lembrança de suas mentes azaradas, a viagem correu numa boa. E, pra provar que iniciei 2008 com muita sorte, vos comunico que voltei de Madri pro Rio de primeira classe. Péra, vocês leram muito rápido e não registraram o que eu disse: voltei da Europa pro Brasil de Primeira Classe. Pagando precinho de econônima, claro!

Os detalhes de como demos essa borrada (por que cagada é pouco) eu conto posteriormente. Por hora quero relatar o meu conforto... Tudo começa com a poltrona, que reclinava até 180 graus e tornava-se uma perfeita cama. Tudo controlado por uns botoeszinhos no braço direito, bem ao lado do controle remoto da TV individual, que possuía um repertório vasto de bons filmes, músicas, jogos e leituras. Lá pelas tantas eu não resisti (e perdi o medo de mexer naquela parafernália de controles que a poltrona tinha) e arrisquei apertar o botaozinho misterioso, cujo ícone eu não fazia ideia do que significava. Pronto, a poltrona começou a massagear as minhas cansadas costas. Meu lombo agradeceu e não resisti. Caí no sono. Pouco tempo depois sou acordado pela aeromoça - muito delicada - perguntando se queria champagne, uísque, ou algum outro aperitivo antes do almoço. "errrr, no gracias, solo una coca-cola, por favor".

Pro almoço haviam 3 combinações de entradas, pratos principais, sobremesas, e até pro cafezinho (puro, com "leche" ou com "crema"). Impressionante. Tudo uma maravilha. Ah, perdoem-me. Esqueci de mencionar que, junto com os travesseiros e cobertores que as amigáveis comissárias nos entregaram, também veio um singelo "regalo". Uma necessaire de couro, com tudo que você pode ou não precisar durante o vôo. Desde escova e pasta de dentes até xampu (que ainda me pergunto por que estava lá...)

Realmente vale a pena assaltar um banco pra ser milionário. É assim que se viaja! É assim que se vive! Os espremidos numa lata de sardinha da classe econômica não fazem sequer idéia do que se passa na realeza. Enquanto a galera amargava uma fominha no meio do vôo, nós - da primeirona - tínhamos snack bar open, o vôo todo... Um exagero. Uma afronta.

Depois dessa, não tive dúvida. Ou todos os meus amigos morreram numa Tsunami que atingiu Niterói, ou realmente deixaram de focalizar seus maus flúidos na minha humilde pessoa. Sentí-me livre do peso de carregar o azar do mundo nas minhas (agora massageadas) costas.

Fenomenal.

2 comentários:

Thais disse...

E impressionante o quanto você se sente perseguido, né, centro do universo?

Coitado dos seus amigos.

Coitados.

Ainda bem que sou só um contado do msn. Ainda bem.


E que maravilha, hein. Primeira classe.


Por isso que eu ainda serei rica.
Terei coleção dessas necessaries!

Thais disse...

E impressionante o quanto você se sente perseguido, né, centro do universo?

Coitado dos seus amigos.

Coitados.

Ainda bem que sou só um contado do msn. Ainda bem.


E que maravilha, hein. Primeira classe.


Por isso que eu ainda serei rica.
Terei coleção dessas necessaries!