segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Monday, Monday

É chegada a hora. Amanhã é o grande dia. O curioso é que não estou ansioso. Aliás, tenho andado muito fleumático. É possível que eu não mude minha expressão facial nem mesmo com a queda de uma nave espacial assim, na minha frente. Ou caso o cachorro da vizinha comece a falar e debater política comigo no elevador. "Você viu Fred, a CPMF não passou. Realmente uma tremenda derrota do governo". Ao que eu responderia: "Pois é Buddy, e o Renan ainda ri de tudo e de todos!".

Deixemos o Buddy de lado. Amanhã embarco pra Madri. A primeira cidade de um Tour de Force pela Europa. Frio. Neve. Museus. Catedrais. Fotos. Bate perna e uma boa dose de cultura. O fato é que estou tossindo e espirrando. Aquele resfriadinho chato. Pra completar, saio desse forno de 40 graus do RJ direto pros -2 em Madri. Sem falar na friaca dos Alpes Suíços. Zurique vai estar "o cão"! (não, não o Buddy).

Deixei pra comprar uma botina adequada pra neve por lá. Afinal, além de aqui não se achar fácil, parei de perguntar os preços na meia térmica (140 reais um par de meias!). No mais, luvinhas de lã, ciroulas térmicas, cachecol, gorro, blusões e meu inseparável casaco "urso" Quiksilver velho de guerra.

Meus planos eram levar o laptop e o ipod, evidentemente. Mas, como ambos estão quebrados por razões alheias à minha sabedoria, vou ter que contar com os cybercafés de lá para atualizar o Waru e deixá-los todos (meus queridos 4 leitores) informados das trapalhadas no Velho Mundo.

Por hora, uma música do v. Spy v. Spy que define perfeitamente o momento. "Take Me Akay":
Monday Monday you see me again
I seem to hang around
Like your lonely friend
I’ll tell you something
That i have gotta do
I’ve gotta get away
And you’re coming too

I’ve dreamt of mountains
And slippery snow white
I’ve dreamt of beaches
Where the sun always shines
Wild horses
Could not make me stay
I’ve got my ticket booked
And i’m going away

So, take me away
Take me away

Sick of waiting, i’m counting the days
Anticipating my ride on that plane
I’m gonna do nothing
But eat, sleep and play
I know that i’m gonna have
A great time away"

Então é isso. Aziagos, esquecei de mim por um mês e me deixem curtir a viagem. Trago chocolatinhos suíços pra vocês. Ou até mesmo souvenires de sacanagens do museu do sexo em Londres. Tudo em troca da minha paz na viagem. Até breve!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

No Escuro, Sem Sono e Sem Som

Sexta feira, meia noite em ponto. Estou fazendo hora para ir até o aeroporto pegar Caren, minha digníssima. Pobre (ou Pessoa Física) só voa de madrugada, malandro. Tá achando o que? Evidentemente, ela já me avisou que há uma hora de atraso. "Saiu no lucro", pensei eu. Visto que da última vez que vim do RS o vôo atrasou 4 horas.

Como não tinha nada melhor pra fazer e levando seriamente em consideração o fato de que se eu a pegasse com um bafo de cerveja danado iria dar M, resolvi mesmo dar uma atenção ao Waru. O coitadinho estava em fogo brando.

Tenho sentido uma tremenda dificuldade pra dormir. Tá sinistro mesmo. Papo de insônia. Insônia noturna, por que de dia sinto um sono tremendo. Naturalmente, não consigo me deitar antes de 1 ou 2 da manha. Mas daí a ficar pagando churrasquinho por mais 2 horas, até umas 4h, e ter que levantar cedo no dia seguinte... ah, aí é de enlouquecer!

Fico a me questionar a razão dessa estranha insônia. Logo eu, que sou bem chegado a um soninho (mas não preguiçoso, como já bem frisei). Matutando, cheguei a uma teoria. Acho que é o Waru. Sempre que me deito acometem-me ideias fenomenais. Aí então, mentalmente, inicio a redigir o próximo post. Olhando pro teto escuro e ouvindo o maldito pinga pinga do ar-condicionado do vizinho no meu, começo uma batalha ferrenha. Uma escolha de Sofia. Levanto-me e escrevo a porcaria ou fico ali quieto, esperando o sono tomar conta? Afinal, já é tarde. Bem tarde. E a celeuma me mantém acordado. É um inferno.

Mudando de prosa, li esses dias uma informação interessantíssima. Segundo afirma um estudo alemão, homens que olham diariamente, por 10 minutos, para um belo par de seios têm a vida prolongada em até 5 anos. Fenomenal! Este tempo de "observação atenta" equivale a 30 minutos de aeróbica. Tudo por que a excitação sexual faz o coração bater mais rápido e melhora a circulação sangüinea.
Vejamos, levando-se em consideração meu último jantar com Scissor's Maniac, é provável que eu seja o novo Matusalém. "Dona Morte, pode me colocar pro final da fila!"

Não bastasse a insônia, querem saber da maior? Agora quem morreu foi o meu Ipod. Que revolta! Sabe o que é você colocá-lo no armário funcionando perfeitamente, e na próxima vez em que o pega ele não dá sinal nenhum? Nenhum! Não recarrega, não acende, não liga, não nada! E é um trambolho de 60 gigas que não foi nada barato!
Levei-o hoje a uma autorizada da Apple. É praticamente impublicável o que me disseram. Como a garantia de um ano expirou há 3 meses - óbvio, merda pouca é bobagem - não existe assistência técnica. Ninguém é autorizado a abrir o bicho. Ele deve ser trocado por outro, pela módica quantia de R$990,00. Um barão! Eu, pobre proprietário, fico sem saber o que aconteceu. Afinal, ele não caiu no chão, não deixei cair dentro do vaso sanitário, nem derramei cerveja em cima. Consolar-me-ia bastante se a causa mortis fosse uma destas alternativas. O que não dá é pra aceitar essa morte súbita, alá jogador de futebol no campo. Se a Apple tem dessas frescuras, que fizessem aparelhos com garantia pra vida toda. Eles são "os caras" ou não são?
Resumindo, ninguém será capaz de me dizer se é apenas um fio com mal contato dentro daquela caixa preta (literalmente) ou se foi a memória flash que queimou. Eu, consumidor, fico no escuro. E sem som.

Esses meus amigos aziagos estão se superando. Já não comunico mais a ninguém nenhum sucesso, seja profissional, seja pessoal. Não digo mais o que comprei, o que fiz ou aonde vou. Tudo por medo da "novidade" vir a ser foco do seu azar mandinguento! Xô pra lá! Até minha mãe está empenhada em conseguir uma rezadeira da boa pra me benzer.

Oooops, vou pegar a Linha Vermelha até o Galeão agora... não, não me olhem assim, xo prá lá... xô pra lá!!!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Repúdio!

A moda é demolir. Colocar abaixo. Na Chon!

Pará. Uma adolescente, acusada de crime nenhum, é colocada numa cela masculina, juntamente com mais 34 criminosos. É estuprada repetidas vezes e depois, o próprio delegado geral do Pará a acusa de ser débil mental. O escândalo vem à tona e... solução: Demolir a carceragem!

Bahia. O Estádio Fonte Nova já havia sido condenado há dois anos por órgãos competentes. Avisaram em português não tão claro como o que uso agora, mas a mensagem era a mesma: "essa merda vai cair. Tá um perigo". Pergunta se alguém deu ouvidos. O então governo pintou umas paredes aqui, fez um reboco acolá e deixou por isso mesmo. Foi preciso morrerem 7 pessoas e 30 ficarem feridas para surgir a solução... Demolir o Estádio!
Impressionante como esse é mesmo o país da pós-atividade. Ninguém previne, só remedia, e, sempre, mal remediado.

Estou aguardando o dia em que a solução para o caso de crimes do colarinho branco no Senado, na Câmara, no Gongresso e nas demais instinuições brasileiras seja resolvido com demolição também.
- Aproveitem o centenário do Niemeyer, e dêem mais trabalho ao velho, aproveitando que ele ainda está por aqui. "Ei Niemeyer, vamos implodir Brasília e reconstruir tudo novamente. Estamos, portanto, encomendando ao senhor novos projetos"! Estes, por sua vez, serão mega-faturados (superfaturado é pouco!), e não haverá TCU que dê conta.

Este é o nosso Brasil. Para amenizar esse sentimento de faroeste, surge um factóide ou outro pra nublar a vista dos menos esclarecidos. "Petrobrás descobre reservas (veeeelhas) de petróleo". "Índice da ONU coloca o Brasil no grupo dos países desenvolvidos". De "Belíndia" agora nos apelidam de "Isloa" - Islândia e Serra Leoa.

Isloa é uma ova! Continuo achando tudo mesmo um C*. E é esse o nome que o país tinha que ter. É terra de um povinho Oxiurus, aonde só se faz Merda, e nossos vizinhos bolivianos e venezuelanos são uns Pentelhos!

Eu, Bisão

Conforme informei-os, voltei a malhar há, aproximadamente, 1 mês e meio. Desses 45 dias, 15 fiquei afastado da academia por fatores que só cabem a mim e à minha consciência.
Mas essa não é a questão. O debate é: minha mãe repete, insistentemente, que estou gordo. Gordo! Gordo? Eu!?

Resolvi dar sequência à enquete. Sem ser direto - é claro, com medo de ouvir o que não queria - sondei o assunto com Jailma, a Claude Troisgros que trabalha aqui em casa (e pode, sim, ser a grande vilã da história, com seus pratos fenomenais). Ela foi categórica: "se continuar assim vai ter que ir três vezes por dia à academia". Intimidade é uma merda, pensei eu.
Não bastasse esse tapa no ego, minha mãe completou: "De jeito nenhum! Se ele for três vezes por dia, vai comer igual a um bisão três vezes! Quanto mais malha, mais come!"

Estive no Sul, na casa de minha namorada por 1 semana e ela foi só elogios. Será a distância, a saudade, que cegou-lhe os olhos?

Bem, eu continuo achando que estou é forte. Muito forte. Forte como um bisão!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Falando em Guaraná...

Já que falamos em Guaraná, vamos analisar um pouco a confusão que essa frutinha causa no mercado hoje em dia.

Guaraná Antarctica e Kuat Guaraná. Qual é, afinal, o original da Amazônia?

O Guaraná Champagne Antarctica está presente nas mesas brasileiras desde 1921. É uma tradição nacional. Desde sua origem ostenta como diferencial ser um refrigerante natural, proveniente da fruta do guaraná da Amazônia.
Seu posicionamento é "Original do Brasil". É este o slogan que vem estampado em sua marca. No entanto, por ser um produto de varejo, já teve diversos outros apostos.
A história do G.A. apoia-se na briga contra as Colas. No passado, este flerte com a proposta não-cola e Original do Brasil produziu campanhas belíssimas, como "Cola tô Fora, Eu Quero É Guaraná" e a premiada "Pipoca e Guaraná, que programa legal". Dois jingles inesquecíveis. Em 1995, por ocasião do lançamento da versão Diet, afirmava que o “O único que conseguiu imitar o sabor do Guaraná Antarctica” era o próprio G. A. Diet. E isto, mesmo antes do surgimento de Kuat...


Até então tudo bem. Mas, apesar da demora, finalmente a Coca Cola percebeu que Guaraná não era apenas um produto concorrente da Coca. Era uma Categoria. E veio o contra-ataque. Kuat foi lançado em 1997. Para surpresa da Antarctica o soco foi um direto no queixo. Um assalto ao posicionamento do Guaraná Antarctica. Kuat baseava toda sua linha gráfica, seu discurso e sua proposta na mesma pedra fundamental da Antarctica, só que com mais ênfase. Kuat, o guaraná da Amazônia. O próprio nome Kuat, vem do tupi-guarani, e significa “irmão gêmeo da Lua”. Era a Brasilidade exaltada.

Dar uma rasteira num produto que há mais de 80 anos está na mesa do Brasil não é fácil. Tem que comer pelas beiradas. Sendo assim, o primeiro slogan era “beba novos ares”. Uma proposta. Um convite ao consumidor. Em seguida, Kuat foi mais ousado, “abra a kbça. Guaraná é Kuat”. A briga pela frutinha amazônica estava quente. O Guaraná Antarctica, acostumado a brigar com as colas, foi pego no contra-pé. E demorou pra reagir.

A reação veio sem muita (ou nenhuma) criatividade. “Guaraná Antarctica. Ninguém Faz Igual”, e mesmo o atual “É o que é”, procuram resgatar o posicionamento perdido. Afirmar que Antarctica é o original e primeiro refrigerante 100% nacional da Amazônia. Por não levantar essa bandeira com afinco, o G.A. abriu espaço para o crescimento do posicionamento do Kuat, que, estrategicamente, roubou-o do Antarctica.

Marcas de varejo seguidamente perdem o seu foco, deixam fraquejar seu posicionamento, uma vez que sua comunicação muitas vezes volta-se para o lançamento de novos produtos para a linha (versões diet, zero açúcar, ice, zon, com laranja, etc.) ou de promoções que oferecem prêmios e interatividade com o público. Tanto Antarctica quanto Kuat atiram no mesmo alvo. Adolescentes e jovens. E, sendo assim, sua comunicação é jovial, linguagem "MTV", e aposta em argumentos de sedução que permeiam o universo dos jovens, como música, esportes radicais, e a curtição de ficar e beijar em festas. Por exemplo, além de patrocinar por anos a seleção brasileira de futebol, o Antarctica lançou este ano o "GAS – Guaraná Antarctica Street Festival". Um evento com música, esportes radicais e cultura de rua. Também veiculou exaustivamente o “Desafio GA”, um quizz interativo em que apresentava desafios escondidos em peças publicitárias e em seu Hot Site (www.desafioga.com.br).

Por sua vez, Kuat decidiu investir no clima de azaração e no hábito de ficar, presente no universo jovem. A campanha “Este Sabor Apaixona” contou com a promoção “Kuat dá Mole Pra Você”, na qual eram distribuídos vários prêmios, e o Hot Site Beijação Kuat” (http://www.beijacaokuat.com.br/), que aproveitava ao máximo esse espírito.

Em meio a esta enxurrada de mensagens – “Gela a Goela”, “Dá Mole Pra Você”, “Original do Brasil”, “O Guaraná da Amazônia”, “É O Que É”, “Abra a kbça”, etc., o que paira no ar é uma grande nuvem de desposicionamento. Afinal, qual o guaraná original da Amazônia?

Marcas de produtos de varejo devem estar sempre alertas a “síndrome do produto”. Esquecem-se da marca, do brand, e da bandeira que ostentam e focam seus esforços no lançamento de ampliações de linha e em promoções arrasa-quarteirão. É certo que devem inovar com campanhas surpreendentes e que aproveitem as oscilações do mercado, entretanto jamais devem deixar de lado o investimento em forjar a ferro a marca na mente dos consumidores com uma mensagem coesa e simples. Afinal, correm o risco de serem mais um borrifo de vapor nesta névoa de mensagens.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Cola, Tô Fora, Eu Quero É Guaraná.

"Posicionamento: A Batalha Pela Sua Mente". De Al Ries e Jack Trout.
Este foi o primeiro livro que li na faculdade de Publicidade, há quase 10 anos atrás. Só não foi o primeiro conteúdo por que, dias antes, havia lido "Miopia em Marketing", de Theodore Levitt. Ainda guardo as duas fotocópias velhas e enrugadas pelo tempo e pelo uso em meus alfarrábios. Ambos, textos fenomenais.

(Como sou um cara que enxerga as coisas por ângulos diferentes, me ocorreu um pensamento: se "pau que nasce torto nunca se endireita", pau que nasce certo não entorta. Correto? Pois bem. Já que comecei minha vida acadêmica com dois títulos tão importantes e reconhecidos em seus assuntos, estou mesmo fadado ao sucesso. Prefiro pensar assim.)

O livro "Posicionamento: A Batalha Pela Sua Mente" é fruto do desenvolvimento de uma série de artigos, dos mesmos autores, publicados em 1972, na revista Advertising Age. O conceito alcançou aceitação tamanha que em pouco tempo havia entrado para o Hall of Fame da história da propaganda. Mas não foi só no âmbito da teoria que ele fincou-se. O posicionamento influenciou inúmeras campanhas de sucesso ao longo dos anos e, até hoje, continua a ser um dos mais importantes conceitos de propaganda.
Definitivamente, não vou atê-los por horas lendo pequenas letras brancas sob fundo preto. Seria sacanagem, sei bem. Logo, pouparei-os da dor de cabeça e serei breve. Resumirei a história dessa vez, indo mais diretamente à prática. Uma ressalva. A edição brasileira do livro tem mais de 160 páginas dedicadas a elucidar o conceito. Se vocês não o compreenderem pelos parágrafos abaixo, deixem de ser preguiçosos e vão ao livro!

...

Quantas vezes ouvimos dizer que certo problema ocorreu devido a uma falha na comunicação? Desculpa recorrente, hein? Pois bem, Ries e Trout tem uma visão particular sobre este assunto. Segundo os mesmos, o grande problema atual é A comunicação. Ou melhor, a quantidade de comunicação. Atualmente, uma pessoa comum é bombardeada por uma quantidade tamanha de impulsos publicitários que é praticamente impossível atingi-la eficazmente. Independente da quantidade de grana gasta. Os meios estão sobrecarregados. As pessoas então, nem se fala. O BUZZ é enorme. No meio de tanta névoa, a sua mensagem é mais um borrifo de vapor d'água. "Ué, e aí?! Como é que faz?"

Think Small. And Sharp.

Com tanta comunicação, tantas marcas, tantas propostas, tantos "eu sou o melhor", "eu sou o maior", "todos preferem a mim", anunciantes estão jogando caminhões de dinheiro fora sem resultados reais. Pois bem, vamos à solução. Não estamos mais na era dos superlativos. Estamos na era dos comparativos. E, se a mente humana compara, ela escolhe. Escolhe e guarda. Seja o primeiro na mente do consumidor. Seja o escolhido.

O caminho mais rápido para o sucesso de uma marca é ser a primeira na cabeça das pessoas. A IBM não inventou o computador, mas quando você pensa computador, pensa IBM. Ela posicionou o computador. Américo Vespúcio não descobriu a América. Foi Colombo, como sabemos. Mas Américo Vespúcio posicionou a América na cabeça dos Europeus. O Novo Mundo foi batizado sob seu nome, já Colombo, terminou sua vida preso...

Mas, o que fazer se o primeiro já está lá? Crie uma nova categoria em que você possa ser o primeiro. Posicionamento é uma estratégia. E, como o Marketing é uma Guerra, estratégia é fundamental. Se temos um refrigerante que não é Cola Cola, e temos este gigante pela frente, como batalhar? Posicione-se. "Seven Up, the UnCola" (ou o jingle que até hoje me pego cantando "cola, tô fora, eu quero é guaraná!"). Se somos uma locadora de veículos e não somos a Hertz, como batalhamos? "Avis, Only The Number 2. Come With Us: We Try Harder". Descubra um nicho ainda não ocupado na mente dos consumidores e ocupe-o. Depois, preocupe-se em fazê-lo crescer. A regra é: stand for something! Erga uma bandeira. Posicione-se!

E como isso se traduz na mensagem? Simples. Segundo os autores, a única maneira de se obter sucesso ao promover uma marca, produto ou serviço, é lapidando-a, feito um artesão, e dotando-a do maior potencial de penetração possível na mente dos consumidores.
E o que é uma mensagem lapidada? Uma mensagem SIMPLES.

A mente dos consumidores já está cheia. Mas, com sucesso você percebe um nicho aberto. Um espaço que pode ocupar e lá, reinar em absoluto no primeiro lugar. Como chegar a esse nicho? Posicione-se, lapide a mensagem e acerte o alvo.

Com uma mensagem clara e simples daquilo que a sua marca representa é possível fazer com que a mente dos seus potenciais consumidores guardem a sua marca. Assim, quando eles necessitarem daquela categoria de produto em quem eles pensarão? Em você!
O mercado está cheio de exemplos. Qual o banco completo? Bradesco (Completo). E qual o banco que foi feito pra você? Itaú. E qual a bebida que te dá asas? Red Bull. E a que desce redondo? Skol. Percebe? O slogan é a materialização do posicionamento. Qual o carro mais seguro para se dirigir? Volvo - "car for life". E assim constroem-se as marcas. As reputações. As experiências de consumo. As gestalts. Em torno do posicionamento.


Resumindo, nas palavras dos mestres: "Posicionamento é o que você faz na mente do cliente em perspectiva. Você posiciona o produto na mente do comprador potencial".

A estratégia do posicionamento pode ser aplicada às mais diversas situações. Um produto, um serviço, um candidato, um destino turístico, um país, um profissional, uma pessoa...
"Um profissional? Uma pessoa? Como assim?"
Sim. Quer um exemplo?

Fred. Cara-de-pau, sem vergonha e inconsequente. Porém, feliz.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Experiência é Tudo

Eu andei falando coisas meio sem sentido, perceberam?
Falei em ida pra São Paulo. Falei de publicitários, meus pares. Falei em JWT...
Mas o que raios está acontecendo?

Ok, vamos tentar explicar sem entregar o ouro. Afinal, o desafio mesmo é participar do "No Limite" sem estragar o Waru. Eu diria, sem apagar a sua chama.

Sabe quando você procura novos rumos? Nova direção pra sua carreira? Ou melhor, quando você procura voltar para a direção com a qual mais se identifica. Aquela que sempre considerou a correta, mas que por "n" motivos terminou por não trilhar esse rumo. Pois é. É disso que eu to falando. E é aí que entra a JWT.

Mas, por que a JWT?
Mais ou menos assim: numa festa, você mira uma mulher, e todas as outras, repentinamente, se apagam. Alguns podem dizer, "ah, claro, era a única que tava dando mole". Não. Nem é bem assim. Tem algumas outras dando condição. "Ahh, então é a mais gatona!". É, é beeem gatona. Mas tem outras tão bonitas quanto. Logo, não é por isso. "Ué, entao por que ela? Ela vai pagar sua conta? Arrumou uma coroa rica, hein!". Também não. Pelo contrário. A grana será curta. "Po, aí não entendi mais nada!". É por que você tem visão curta, gafanhoto. Ou míope. Deixa o papai explicar: de toda a festinha, a JWT é a mais experiente. Mulher experiente é tudo.

A propaganda nasceu nos EUA. Bem, não nasceu não, é coisa muito mais antiga. Já existia nas tabuletas de Roma, e tomou corpo através da iniciativa da Igreja Católica em expandir a sua fé e ampliar a base de fiéis. Foi a Congregatio de Propaganda Fide, idealizada pelo papa Gregório XV, em 1622. Depois ainda, muita gente fez uso de publicidade e propaganda, para expandir e divulgar ideais. Na verdade angariar defensores de suas idéias. Asseclas. "Followers". Hitler, e sua propaganda nazista, foi um exemplo de comunicação. Usada para o mal, é claro, mas um exemplo de convencimento. Enfim, dá pra dizer que desde que o mundo é mundo já tinha alguém querendo convencer um outro alguém de algo. Ou de comprar algo. Só que toda essa atividade foi encarada como negócio, business mesmo, nos EUA. E isso lá na segunda metade do século XIX. Nessa época, veículo de comunicação em massa era jornal. E ponto. E jornal, além de conter notícias, tinha anúncios. E quem negociava estes espaços publicitários eram os "brokers". O tempo passou, e as pessoas que lidavam neste meio organizaram-se. Os veículos perceberam que poderiam ganhar grana de verdade vendendo espaço em suas páginas para a inserção de anúncios publicitários. E é aí que entra a nossa dama experiente - a JWT.

Em 1864, um sujeito chamado William James Carlton, criou sua agência. Esta, depois veio a se chamar J. Walter Thompson - JWT. Perceberam a data? Repito: 1864. Amigão, o seu tataravô não sonhava em nascer e essa dama aí já ditava as regras lá nos States. Dava aula de propaganda. É ou não é uma mulher experiente? E experiência não se compra, não se aluga, não se empresta. Se adquire. Com tempo.

Não bastasse a experiência, a Thompson expandiu-se por todo o mundo, ganhando escritórios e estruturas em países de culturas diferentes e exóticas. E isso somou mais experiência ao caldo. Sendo assim, nada como aprender uma matéria com o criador - o Mestre. Se você é físico, uma pena Einstein já ter morrido. Se você é psicólogo, uma pena Freud já ter morrido. Eu sou publicitário, e a JWT tá viva e a todo vapor. Alive n´Kickin´! Preciso dizer mais?

Certo, mas dentro de uma agência tem muitas áreas. Tem Criação, tem Mídia, Atendimento, umas continuam tendo o Tráfego, outras tem Pesquisa e algumas têm Planejamento. "Algumas" eu disse? É algumas. Não são todas, por incrível que pareça. Outra coisa simples de explicar. Tem gente que acha que propaganda é coisa só de criação, sabe. É arte. Assim como se compõe uma música, se pinta um quadro, se cria um anúncio eficaz. Tremendo engano. Como diria Orígenes Lessa, "propaganda é merda". Não no sentido de coisa ruim, mas sim de coisa banal, corriqueira. Pra vender para o Seu José o único segredo é pensar como Seu José e estar aonde o Seu José vai. Só que essa fórmula simples é a grande dificuldade. É o segredo.

Propaganda é um braço do Marketing. Um instrumento. Poderosíssimo, mas ainda um instrumento. É a pontinha do iceberg. E, como todos sabemos, 90% da massa do iceberg fica debaixo d´água. Então, malandro, é muita ingenuidade não pegar seu snorkelzinho, prender o fôlego e ir lá embaixo, conhecer o blocão de gelo todo.

Não dá pra dissociar a propaganda do marketing. Ou, melhor, dá. Mas dá Merda quando se faz. A agência tem que criar com a cabeça nas nuvens, mas com o pé no chão. E o chão é o mercado. Agencia que não tem, ou não faz planejamento, não tem marketing na veia. Não respira marketing. Faz propaganda achando que é arte. Esquece-se do mestre Orígenes Lessa. E aí, a peça pode ser linda, mas ela nao resolve problema algum. Não vende. Então, malandro, a palavra de ordem é Planejamento. "Planning". E, mais uma vez, a dama experiente dá aula. Ela criou o planejamento. É mestre em construir marcas. Em colar emoções a produtos. Em Posicionar marcas e ganhar mentes. Eu disse ganhar mentes? Não é a mesma ladainha da história da Igreja Católica, lá atrás!? Isso. Agora você entendeu tudo.

Falaremos mais sobre esse tal posicionamento...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Dutch Black

Percebi agora que, talvez, Dutch Black não seja conhecido por vocês. Ao menos não pelo seu nome de batismo. A bem da realidade, seu nome é Dutch Black Segundo. Nomeado “after” Dutch Black. O original.

O hábito de nomear carros já vem de algum tempo. Tudo começou com Billy Grape. Billy era um gol bolinha, mais pelado impossível, de propriedade de Mark Flo. Na época – idos de 2000 – Mark Flo me dava carona para irmos à empresa em que estagiávamos e também para festinhas, praia, churrascos e afins. Billy era pau pra toda obra. Espartano, mas infalível. Só tinha um porém... Billy era roxo. E roxo claro. Sim, ridículo. Por isso Billy Grape.

Mark Flo mudou-se para São Paulo, tornou-se executivo da Ford e, sendo assim, não poderia dirigir um Volks. Billy então, patrimônio da família Bouhid, passou para Dudu, irmão mais moço de Mark Flo. Transição complicada. Coisa que junta irmãos e numerário sempre dá merda. Quase sobrou pra mim, já que me julgaram culpado pelo buraco que havia no banco do carona, resultado de uma gimba de cigarro saliente. E eu nem fumo. Mas bebo. E costumo me esquecer de certas coisas.

Dudu então herdou Billy. Já muito abatido e abusado pelos anos. Ainda assim o golzinho nos serviu bem. Mais a Dudu do que a mim. Neste período veio a namoradinha de Billy. Mary Grape. Mary era uma fiat uno de Deborah. Cor vinho, evidentemente. Mary e Billy tinham tudo a ver.
Mary sofria muito por causa da pouca experiência de Deborah ao volante. Mas, como Deborah aprende rápido, logo Mary deixou de freqüentar a UTI.

Eu já havia sido proprietário de alguns carros. Todos indigentes, exceto Phil Mata Cone, um Peugeot 106 Quiksilver. Não, vocês não leram errado. Era um 106 e não um 206. Era pequeno, motor arfante e tinha pinta de playboy. Mas só pinta. Só maquiagem. Mas ainda sim era o MEU Phil Mata Cone. Phil ganhou esse apelido por que certa madrugada atropelou um cone na ponte Rio-Niterói e lançou-o ao mar. Do vão central. Uns 40 metros de queda. O cone tava marcando bobeira e Phil foi implacável. Entretanto, tirando essa façanha, Phil não foi um carro de grandes feitos. A não ser, é claro, ser parte do pagamento pelo grande e único Mitch Buccanon.

Mitch era um Honda Civic. Minha extravagância em 2003. Mitch era cinza chumbo, com rodas de liga leve e insulfilm escuro. Mitch não era um carro, era uma viatura. E, com essa postura, precisava de um nome forte. Mitch Buccanon. Perfeito. Mitch levou-nos a muitos lugares. Pegamos muita estrada juntos. Carnavais, Reveillons, feriadões, tudo era motivo para sentar a pua. Bons tempos. Ótimos tempos.

Mas ai então veio a proposta de transferência para o Rio Grande do Sul. Coisa de promoção e tal. Papo de posição com benefícios como carro da empresa, entre outros. Convite aceito, me coube a dor de vender Mitch. Eu não queria vendê-lo. Nao. De jeito nenhum. Mas não tinha motivo para manter os custos do possante. Foi dolorido, mas Mitch seguiu seu caminho triunfante sem mim. E eu o meu, não tão triunfante, sem ele.

Então veio o gol preto zerinho da Companhia. Mas, como não era meu, eu não nutria sequer uma gota de afeto pelo bicho. E por isso ele não tinha nome. O gol viu tantas coisas, tantas histórias, que é uma testemunha ocular perigosíssima na minha vida. Tentei matá-lo por duas vezes e não consegui. Logo, dele paro de falar aqui.

Ocorre que, enquanto eu ainda chorava a separação com Mitch e não conseguia amolecer meu coração empedrado pelo gol-preto-da-cia, Dudu me deu um golpe e apareceu com um belo Fiesta Preto completo. Zero. 1.6, flex. Tramóia dele e de Marc Flo, que havia lançado mão de sua privilegiada posição na Ford para facilitar as coisas para Dudu. E assim nascia Dutch Black. Nunca vi Dudu tão faceiro. Fizemos uma Rio-Sampa para irmos ao show do U2 nos primeiros meses de vida de Dutch. Foi seu batismo de fogo. E ele correspondeu à altura. Depois, foi nosso transporte no carnaval 2006, em que eu havia ganhado um esquema no Camarote da Brahma, na Sapucaí. Como eu estava carente de um contato afetivo com veículos, já que o gol não era um bom galanteador e nunca ganhou meu carinho, adotei Dutch como afilhado.

Dois anos e meio se passaram, volto ao Rio. Dias atuais. Dudu desfez-se de Dutch, também com o coração na mão. Assim como eu, Dudu havia ganhado um carro da empresa. Que, evidentemente, não tem nome.
Ficamos eu e Dudu sem falar em carros. Nao havia graça no papo. Não havia a quem exaltar. Nem Mitch, nem Dutch, nem nada. Dirigíamos carros indigentes. Sem brilho. Não eram nossos.

Quando cheguei enamorei-me por um Suzuki Jimny. Enamorei-me tanto que fui ao ponto de nomeá-lo. Steady Moe. Quando tudo parecia perfeito, nova facada. O negócio desandou e nosso relacionamento terminou sem ter começado.

Há alguns meses adquiro um Fiesta Preto. Novinho em folha. Completasso. Só não é igual a Dutch por que é ainda melhor. Tem retrovisores elétricos, coisa que Dutch pai não tinha. Foi a redenção. Enterramos nosso sentimento de vazio e deixamos Dutch Black Segundo sentar em seu trono. Vive limpo, cheiroso, e na garagem. Protegido dos maus agouros dos meus amigos aziagos. E daonde ele somente sairá quando eu mudar-me daqui e for trabalhar na JWT, em Sampa.

Aziagos, temei! Vocês não tão mexendo somente comigo. Tão mexendo com Dutch Black. The Second.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Em busca dos meus Pares

Chegaram a perceber o quão conciso eu fui ao mencionar que o meu notebook 8X2 quebrou? Fui quase fleumático, falei no assunto sem temperar nem mesmo com um décimo da indignação cabível ao fato. Tem motivo. Havia decidido não comentar mais sobre os acontecimentos, digamos, desfavoráveis que estão se sucedendo ultimamente. Mas não teve jeito. Esse negócio da lei da atração é mesmo a maior bobagem. Não mencionar, não falar, nem mesmo pensar em coisa ruim não deu jeito. Elas continuam a acontecer. Só rindo mesmo.

Querem saber a última? A última de verdade? Aconteceu assim: fomos comer um japonês. Ou melhor, comida japonesa. Passamos fartas horas à mesa. Empapuçando-nos. Até aí, ótimo. As discussões e debates à mesa foram tão quentes que conseguimos tirar Pablo do sério. O que tornou a noite ainda melhor. Por fim, arrotando peixe, fomos embora.
Eu havia deixado o carro num estacionamento próximo. Em perfeito estado, claro. 2 dias após sair da oficina. 2 dias. (Lembram-se do episódio do bêbado que havia batido na minha traseira, não é mesmo? Mentira, não lembram não. Pois o bêbado bateu foi na traseira do meu carro. No meu traseiro neguinho não bate assim não.)
Bem, 2 dias após sair da lanternagem Dutch Black estava tinindo. Beleza, estacionamento pago, entro em Dutch, dou aquela conferida na marcha pra checar o ponto morto antes de virar a chave e... ué... essa marcha tá mole. Resumindo: carro parado. Caixa de marcha, sabe-se lá como, quebrada. Não na minha mão. Na mão do manobrista, que, óbvio, já tinha ido embora.

Discute. Espera o gerente. Discute. Espera ele ligar pro dono. Discute mais. Nada. Nada. Nada. Hoje. Sexta. Quase uma semana depois, fui buscar Dutch Black na oficina. Ah, pelo menos eles pagaram, afirmam vocês. Não. Rachamos. Meio a meio. Mas o meu meio ainda foi maior. Não vou me alongar e explicar o por que eles não pagaram. Entra no meio até recall da Ford. Deixa pra lá. No final, até acho que tive sorte de ter sido na mão do sujeito e não na minha. De outra forma, o prejú seria integralmente meu.

Aí, fiquei pensando, é claro que coisas desagradáveis seguem acontecendo. Ainda não mudei meu circulo de amizades. São todos aziagos e descarregam seu azar sobre mim, cacetes voadores! Eu vou é me mudar pra São Paulo e ter um monte de amigos publicitários, que trabalham noites adentro, comem pizza fria sobre seus teclados e levam esporro até do boy. Como publicitário é tudo um bando de ferrado, eu vou estar entre os meus pares.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Momento Solene

Convivas, Atenção!

A partir deste momento o Waru está sob escrutínio corporativo. Explico: ele - ou melhor, eu - está participando de uma espécie de "No Limite". O último que sobrar ganha um prêmio, digamos assim.

E não é só por isso que se trata de um momento solene. Há alguns dias o Waru completou 6 meses de vida. 180 dias de muita perda de tempo.

Estão, pois, todos convidados para a festa em comemoração aos cumpleaños do periódico. Aqui mesmo, no blog. A cerveja fica logo ali a direita, debaixo do Jack Bauer.

A apresentação do seu ticket é obrigatória. Não tente dar uma de malandro. De bobo só tenho a cara e o jeito de andar. No Waru você não penetra!

Sem Título

É tamanha minha tristeza com esse país que nem vou intitular este post.

Chamusca 1: Neste domingo, enquanto lia o jornal – costume que não nutro – ouvia a O Fantástico, justo no momento do quadro “É Muita História”, com Eduardo Bueno – historiador de quem gosto muito. Não assistia, reforço, ouvia. Nesta audiência desleixada, uma frase do Eduardo Bueno me chamou a atenção. “A preguiça gigante bem que poderia ser o bicho símbolo do Brasil”.
Curioso, não sei por que, mas me soou tão lúcida essa afirmação....

Chamusca 2: É. Ele se superou. Lula comparou o caudilho venezuelano Chávez a Margareth Thatcher e a Helmut Kohl, ambos primeiro-ministros de Inglaterra e Alemanha, respectivamente, que permaneceram muitos anos no poder. Frisa-se, nestes casos, por instrumentos perfeitamente condizentes dentro da mecânica parlamentarista democrática. Já no caso de El Chavo...
Será que o molusco não percebe essa diferença?

Chamusca 3: Por fim, o molusco disse, esse dias, que a falta de gás para abastecer a frota nacional de carros movidos a GNV – fruto de falta de gás geral, que, quando escasso, a prioridade é de termelétricas, não carros – é um “probleminha”.
Probleminha? Bem, vamos fazer uma divagação sobre esse “calinho no pé”. O Brasil depende do gás que a Bolívia produz e manda pra cá pelo gasoduto. Logo, a suficiência do mercado brasileiro é dependente do Índio Morales. O mesmo que encampou as propriedades da Petrobrás na Bolívia, quando assumiu o poder. Naquela época, Lula disse que “nada mais justo um país pobre como a Bolívia lutar pelas suas riquezas”, esquecendo-se de que ele está do lado brasileiro do tabuleiro, não boliviano. É, Lula tem um probleminha com o Gás. Nós, um problemão na presidência.

domingo, 4 de novembro de 2007

Catrambucha

Temos um ritual. Ele estava meio esquecido, largado de lado, em virtude das dificuldades de reunirmos todos da confraria para que pudéssemos praticá-lo devidamente. Mas, nesta última sexta-feira a noite, mesmo na falta de membros importantíssimos, o realizamos. Jogamos Leréia na casa de Bolinha até tarde.

Impressionante a capacidade que este jogo tem de enriquecer nossos vocabulários erroneamente. Eu, pelo menos, só guardo as definições e significados errados. Mas, por isso mesmo, é muito divertido.

Ou algum de vocês duvidaria - sem consultas ao dicionário - que:
Cachetar é bilhetar, verbo proveniente do italiano. Já que cacheta é bilhete neste idioma. Ou seja ato de cobrar o bilhete nos trens, metrôs e bondes da vida.

E belisquete? Sinônimo óbvio de cutícula. "A manicure fez bem a unha mas esqueceu-se de tirar esse belisquete aqui".

E as girândulas? Bom, essas podem ser duas coisas: os gomos do casco da tartaruga; ou, as bolas de metal do interior do chocalho. Claro.

O que dizer de convescote? Convescote seria uma repreensão sútil, daquelas aplicadas pelas madrastas aos enteados, nos romances de Machado de Assis. "E, discretamente, Dona Rosa aplicou um convescote em Firmino, menino muito levado".

Pois bem, todas as definições acima não fazem o menor sentido e são, tão somente, fruto de nossa fértil imaginação. E aí está a beleza do joguinho de mesa. Bom pra noites chuvosas. Desta vez faltou o charme das definições de Pedro. Somente ele era capaz de sintetizar todo o imaginário que uma palavra desconhecida faz borbulhar na mente em apenas um sinônimo. Simples assim. Pinguim, por exemplo.

Pena que, desta vez, fiquei na catrambucha...

sábado, 3 de novembro de 2007

Unamuno, Óh Mestre

Esse negócio de alimentar as indignações alheias é muito legal. Portanto, vou continuar a colocar graveto nesse braseiro.

Essa é sobre humildade. Uma historinha que conta o seguinte:

Miguel de Unamuno - filósofo - foi agraciado com a honra de receber o Colar de Santiago da Espanha, pelas mãos do Rei Afonso XIII. Nesta ocasião, ele disse ao rei:
- "Agradeço a honraria que Vossa Majestade acaba de me conceder... e, na verdade, a mereço".
Ao que Dom Rei comentou com espanto:
- "É curioso, mas todos aqueles a quem tenho agraciado dizem sempre que não merecem essa distinção...".
Unamuno nem pensou e rebateu:
- "Eles têm razão, Majestade...".

MEEEEEESTRE!!!!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Pontos de Vista

Fui rechaçado por vocês em virtude do post anterior. Não compreendi o motivo da revolta. Afinal, é só uma outra forma de olhar as coisas. Aliás, já falei aqui que sou bom nisso.

Pra ajudar na iluminação de suas almas, vejam que exemplo de "novos prismas".

Em tempos de Gerra Fria, foi travada, em Moscou, uma disputa automobilística com propósito de revelar qual carro era o mais veloz. O Ford, americano e o Zim, russo. O Ford venceu por larga diferença, deixando o Zim pra trás. Não obstante, no dia seguinte os jornais soviéticos noticiavam: "Na corrida de ontem, o carro soviético chegou em segundo lugar e o americano em penúltimo".

Vejam, caros amigos. É tudo uma questão de ponto de vista...

domingo, 28 de outubro de 2007

Os Aziagos

Vocês sabem o que é uma pessoa aziaga?
Um aziago é um sujeito que traz má sorte para quem está ao seu redor. Ele próprio não é afetado pelo azar, mas quem está ao seu lado, ahhh esses quebram a cara.
Eu?! Não, eu não sou aziago. Não é nada disso. Vocês é que são!

Explico: Já há alguns posts venho relatando aqui alguns revezes que tenho sofrido recentemente. Bateram no meu carro, perdi minha carteira com meus documentos, e agora, quebraram o meu lap top... É. Paciência. Sentaram em cima do pobrezinho. Quebrou a tela. Primeira resposta de todos os entendidos com quem conversei: "melhor comprar outro". E falam isso sem nem mesmo ficarem vermelhos. Esquecem que dinheiro não dá em árvore.

Pois bem. Eu sempre me considerei um sujeito de sorte. E sou mesmo. Sendo fiel aos meus conceitos, portanto, essa maré de uruca não pode me fazer mudar de opinião assim tão facilmente. Me recuso a considerar-me um azarado. Portanto, a única explicação que encontrei foi essa. Todos os meus convivas são aziagos!!! E, como só eu não o sou, o bode sobra pra quem? Pro papai aqui.

Eu tenho mesmo é que escolher melhor minhas amizades.
Aziagos - afastai-vos de mim! Xispem! Xô!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Olha a Onda!!

Chove muito no Rio de Janeiro.

Hoje acordei as 6 da matina. Coisa que não tenho feito corriqueiramente. Levantei-me a essa hora pra ir malhar. Decidi-me por cumprir essa tarefa como a primeira do dia, para tê-lo todo a toa, só pra mim.

Olhei pela janela e caía uma chuvinha fina. Nada de mais.
Tolice minha, já são 13:30h e a a danada ainda desce raivosa! Mais de 7 horas de chuva ininterruptas (que eu tenha sido testemunha ocular, visto que já podia estar chovendo desde muito antes!)
Bastou isso pra colocar o Rio de pernas pro ar. Ou você ta achando que só São Paulo sofre com essas explosões de raiva de São Pedro? O Túnel Rebouças ta debaixo de terra. Várias ruas estão bloqueadas. É provável que um monte de barraco tenha deslizado, mas isso já não mais dá notícia. Depois de Tropa de Elite, pobre tem mais é que entrar no saco.

Um enviado especial me ligou, do carro, na Jansen de Mello às 10 da manhã. Dizia ele que era "O" pico do surf de Niterói (que Itacoatiara o que!). A cada buzum que cruzava a pista ondas de mais de um metrão se formavam. Teve um 703D - Vila Isabel que proporcionou até um tubo. Estão estudando a possibilidade de transferir o WQS de Maresias pra cá, caso o mar por lá esteja flat no ano que vem. Imaginem, a Jansen de Mello no circuito do surf internacional. Kelly Slater e Andy Irons travando duelos homéricos nas águas barrentas da Jansen de Mello.

Kelly: "Andy, nem vem que aquele 565-Passeio é meu!"
Andy: "Te fode ae, careca. É de quem remar na frente! Uhureeeee!"

domingo, 21 de outubro de 2007

PS.

Post Script: Recomecei a malhar há dois dias. Estou com tanta dor no corpo que mal consigo levantar o braço pra passar desodorante. Mas ainda assim o faço. Penso mais nos outros do que em mim.
Vejam como estou distante de ser paxá. Se o fosse teria umas 15 mulheres para me massagear. Como não sou, não tenho nem a Minha! Que está a mais de mil quilômetros daqui.
É melhor eu ir atrás de um crachá mesmo...

Quero é ser Paxá

Aqui estou eu, nesta tarde de domingo ensolarado. Como sempre, sentado no sofá, na única posição da casa que me permite acesso à internet. Mentira. Na cadeira Luiz XV que me tortura as costas também pego o sinal wireless. Mas, como vocês sabem, nela não dá mais.

Hoje, depois de me empapuçar com o empadão da Jailma, cozinheira que bate ponto aqui em casa toda quinta-feira e é uma espécie de Claude Troisgros popular, prostrei-me no sofazão branco da sala. Justamente aquele que minha mãe cobre com uma capa, para eu não sujá-lo ao colocar os pés sujos em cima do seu alvo tecido.

Abro o jornal O Globo, que nunca leio pois detesto jornais, e contrario a minha regra. Leio. Ando recebendo diariamente exemplares de O Globo aqui em casa, fruto de uma mala direta muito simpática que chegou dia desses, dizendo que eu era um entre 200 do meu bairro que foram agraciados com a promoção patati-patatá e coisa e tal. Sendo assim, de grátis, 0800, não dá pra pelo menos não sujar os dedos. Pois afinal, é pra isso que serve jornal. Sujar os dedos e colocar como forro de gaiola de passarinho. Aliás, ô porcaria velha e ultrapassada. Ô mídia decrépita. Só permanece pelo tradicionalismo de ter sido a primeira. Tem um tamanho desagradável, quase ultrajante. Não dá pra ler senão sentado, com ele estatelado sobre uma mesa. Já experimentou ler no avião? Apertadinho. Ou no ônibus? Em que aquele remelexo faz as páginas saírem todas de esquadro. Mais insuportável ainda é o fato de ter todas as folhas soltas, o que dificulta ainda mais o manuseio. (Ahh, agora você entendeu o que o remelexo do ônibus faz com as páginas, hein!). Rapaz (moça), jornal é que nem beijo na boca. É coisa do passado. A impressão é péssima, sempre sujeita ao efeito moiré. A tinta solta na sua mão, deixando as pontas dos dedos cinza. Do formato já falamos. Nem mesmo tem dois grampos pra fixar o bicho coeso!! É uma bela porcaria. Entretanto, como o estou recebendo de graça, abri pra ler. Na verdade, o que me conduziu à leitura foi a esperança de um bom conteúdo. Em vão. Nem isso. 70% do jornal é propaganda. E, tudo o que eu queria era fugir do trabalho. Mais propaganda... Passo o dia estudando ou trabalhando com propaganda. Quando tento fugir, sete em 10 páginas estão repletas delas. Por fim, no final, tenho que arrumar a sala, que ta parecendo – que coincidência! – uma gaiola de canário, de tanta folha de jornal que tem no chão!

De onde estou tirando tanta abobrinha? Só pode ser por estar ouvindo Grateful Dead – Blues for Allah. Rapaz (moça), o que esse som não faz com seus neurônios. Coisa mais psicodélico-lisérgica. Mas muito bom. Às vezes é música de elevador. Às vezes irrita. Não obstante, musica de elevador irritante, algumas ocasiões, é bom pacaralho.

Dei uma paradinha aqui e fui checar meus e-mails. Outra constatação: por que cargas d’água eu recebo um monte de spam com o mote de “aumente seu pênis”? Estão querendo me dizer algo ou é sacanagem mesmo!? Outro dia meu amigo-irmão disse que ele só recebe spam de “emagreça dormindo”. O fato é, o rapaz em questão tem problema de obesidade. Pera ai! Que porra é essa!? Pó parááá!!

Mudando de assunto, já começaram os ataques às vacas da Cow Parade. Eu não disse? Ok, errata: eu disse que as vaquinhas eram exclusividade da Zona Nobre da cidade. Mas tem, sim, uma vaca na praça XV. (mentira de novo, tem várias, mas participante da Cow Parade tem uma só).

Por fim, confeccionei agora meu sonho de uma noite de verão. Atenção, confeccionei o sonho, o desejo. Realizá-lo são outros quinhentos. O sonho é “nunca mais usar crachá”. Crachá é pra ferrado, fudido, mal pago. Proleta miserável. Crachá serve pra dizer quem você é. Que você trabalha em empresa “tal”, em repartição “qual”. Que pode entrar porque tem crachá. Rock Star não usa crachá. Político não usa crachá. Atleta famoso não usa crachá. Dono da empresa não usa crachá. Crachá não é pra paxá (que vem do Turco, e significa “excelência”, “homem que tem várias amantes; sultão”).

Paxá não usa crachá. E eu quero é ser paxá.

sábado, 20 de outubro de 2007

Você é que eu sei.

Falando em Parada Gay (o assunto já é frio, eu sei...) me ocorreu um raciocínio, sugado do Millôr.
Se pintaram 2 milhões de pessoas na Parada Gay de Copacabana, na semana passada, os números são irrefutáveis.
Um de nós dois - eu e você, leitor - é.
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Eu não sou...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Shangri-lá

Shangri-lá. Terra perdida nas montanhas do Himalaia. Paraíso de paisagens impensáveis. De vales profundos e antigos, que exalam a sabedoria do Tibete. De lanternas orientais que iluminam os sonhos dos aventureiros. Deixe sua vida urbana para trás. Deixe os tormentos do cotidiano e venha viver neste tão procurado local de paz.

Apesar de tudo o que acontece no Brasil, estou calmo. Sereno. Cheguei ha pouco de Shangri-lá. O Shangri-lá tupiniquim se escreve com X. Xangri-lá. E fica logo alí, no Rio Grande do Sul. Mas, pra mim, não deixa de ser o paraíso procurado por tantos.

Em Xangri-lá caminho pela praia, faça chuva ou faça sol. Lá tiro os tênis a não os coloco mais. Aliás, lá ganho massagens nos pés, com direito a creme hidratante e unhas cortadas. Ganho limpeza de pele no rosto e nas costas. Até corte nos cabelos de dentro do nariz. Lá, tenho três cachorros e um gato. Lá como costela, cuca e rosca de polvilho com schmier de morango. Lá bebo chá depois do almoço, preparado pela . Lá tem rede pendurada em árvore, no quintal. Lá os passarinhos cantam e nao fazem coco na minha cabeça. Lá durmo feito anjo, ouvindo os gambás andarem pelo telhado. Lá tem plaquinha de Willkommen na entrada da casa, com Fritz de um lado e Frida do outro. Em Xangri-lá tenho os carinhos de minha Caren.

Estou Zen.

Fui-me embora pra Shangri-lá...
... Mas já voltei, no vôo das 18hrs.

Coça, coça. Só coça.

É, Brasil. Apanha mesmo.

Tenho uma história da carochinha pra contar:

Há muitos e muitos anos atrás, num país muito muito distante, foi organizado um evento chamado "Tributo Contra o Tributo". Organizado pela Federação das Indústrias do Estado de SP (não a nossa São Paulo, mas sim a do tal país longe, muito longe) o evento reunia muitos artistas famosos, num show de protesto contra a CPMF - um tributo que carcomia os bolsos dos contribuintes daquele pobre país. Dentre os artistas destacavam-se Luciano Huck (sem relógio), os cantores Zezé di Camargo e Luciano, o trio do KLB, etc. Apoiado por muitas outras entidades contra a CPMF o evento tinha sucesso garantido. Os organizadores colocaram toda a cidade alerta. Todas as medias de segurança foram tomadas para aguardar a multidão. Esperava-se 2 milhões de pessoas. 2 MILHÕES de pessoas INDIGNADAS com a manutenção desse imposto-traça, que corrói o dinheirinho dessa gente.
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Compareceram 7 mil pessoas.

7 MIL! De um total aguardado de 2 milhões, em protesto contra a CPMF! Distribuíram cesta básica grátis em algum lugar no mesmo horário do show? Cosme e Damião num bairro vizinho? Modelos da Elite fizeram concurso da camiseta molhada na rua ao lado? Aonde foi parar o povo indignado que juntou milhões de assinaturas pela internet para barrar o imposto? Teve coisa melhor pra fazer? Nem a desculpa de ver alguns astros pop do Brasil juntou mais do que esse punhado de gente pra protestar contra a CPMF que assalta a todos nós! Que povo é esse?

Domingo, dia 14/10, exatamente 2 dias antes, 1,2 milhão de pessoas se reuniu na Parada do Orgulho Gay em Copacabana. Quer dizer, pra DAR A BUNDA ESSE POVO SE AMONTOA, pra protestar contra um tributo que nos assola os bolsos, só 7 mil gatos pingados comparecem.
Povo VERME. Povo Oxiurus. Coça, coça...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Cow Parade no Rio

Quem transitar pelas ruas do Rio vai se deparar com inúmeras vaquinhas (92 é o número correto), cada uma pintada por um artista, designer, ou coisa que o valha. É a edição da Cow Parade no Rio. São as "Cowriocas" na área. Se bem que o termo, ou sua ideia, não é nova. Carioca vaca tem um monte por ai. E há tempos. (E, geralmente, se amontoam na 00, sábado a noite).

A ideia surgiu há 9 anos na Suíça. Nada mais oportuno. Só não entendo por que a "exposição" passou primeiro por MG e SP. O Rio não ERA a capital cultural/ intelectual do país?!

Recalque posto de lado, mal espero pra ver pintar uma manchete nos jornais, mostrando uma vaca metralhada. Aliás, eu só vi as mumus na Zona Sul. Ipanema, Leblon, Copa, Jardim Botânico, Gávea estão cheio delas. Será que tem vaca também em Del Castilho? Meier? Pavuna? Será? Eu não vou lá pra ver, mas, to curioso pacas. Ou melhor "vacas".

A melhor vaquinha que vi foi a que está placidamente sentada ao lado da estátua de Carlos Drummond de Andrade, em Copa. A dita cuja está muito elegante, de pernas cruzadas e lendo um livro. Ótimo. Muito bom mesmo.

Tem uma mimosa pintada de kiwi (e partida no meio, mostrando o interior da "fruta") que também me agradou muito. Acho que essa eu vi em frente ao Shopping da Gávea.

Tem criança subindo em vaca. Tem velhinhos olhando se entender nada. Tem cachorro fazendo xixi nas ruminantes. Tem vaca em pé. Vaca sentada. Vaca de tudo quanto é jeito. Mas, todas elas são simpáticas. Pra quem olha dá vontade de rir. É algo tão nonsense que, sem perceber, você tá sorrindo.

domingo, 30 de setembro de 2007

Urucubaca!

Lembram-se daquele filme do Candy Man? Isso, aquele no qual as vítimas repetiam o nome "Candy Man" em frente ao espelho três vezes e invocavam o espírito matador do tal Candy Man, e ele as trucidava em pedacinhos.

Pois é, a Urucubaca em questão é com a Gregória de Matos - A Boca do Inferno. Bastou eu falar dela aqui no Waru que tudo virou de cabeça pra baixo.
A última desgraça foi que, na madrugada de quinta pra sexta, um filho d'uma égua desmamada bêbado bateu na traseira do meu carro. Ao menos não foi um chevetinho, mas sim um new civic de 80 mil reais. Assim o corno deve ter dinheiro pra pagar o prejú...

O cagaço maior era o fato de eu estar sem a carteira de motorista - já que a penúltima das pragas da Boca do Inferno foi eu ter perdido a minha carteira. Dois policiais apareceram do nada. Parece urubu que cheira carniça. Depois de ver tropa de elite, como é que vocês acham que eu tava? Não passava nem alfinete com maionese. Mesmo tendo sido "vítima" no acidente.

A situação em questão sucedeu-se na estrada do Joá, quando eu levava para o hotel Nosefather e Scisors' Maniac, depois de um agradável chopp com quitutes no Devassa da Farme de Amoedo (tinha que dar merda mesmo, não é!?). Ambos haviam vindo do RS a trabalho e me deram o prazer de um encontro. Só não contavam com a maldição da Gregória de Matos.

Preciso me rezar. Alguém conhece um pai de santo do bão por ai!?

domingo, 23 de setembro de 2007

É, tá brabo irmão.

É, não ta fácil não. A Boca do Inferno não só previu um futuro de muita labuta, mas também, de quebra, largou uma urucubaca da braba.
Nesta ultima sexta-feira (ou sábado, sei lá, afinal beirava ou passava da meia-noite), fui agraciado com um episódio que muita gente já passou. E que só aprende depois que quebra a cara. Perdi a carteira. Puuuuutaqueopariu! É isso mesmo, perdi a carteira. Nova - recém dada pela minha namorada. E isto nem é o pior, mas sim, os documentos.
Identidade, Habilitação e CPF. Foi tudo pro brejo. Além, é claro, de cartões de crédito, cheques e dinheiro.
Recentemente, vocês leram por aqui, ajudei Carlos Silva a recuperar sua carteira. Devolvi ao Carlitos a sua vida, pois afinal, sem documentos e sem acesso ao seu rico dinheirinho, não se vive, não é mesmo!?
Pois é, hoje estou eu em estado de indigência. Sem documentos, sem acesso às minhas parcas economias. Queira Deus que alguma alma faça o mesmo por mim, pois ficar assim, com uma mão na frente e outra atrás não tá fácil não...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

GregóriA de Matos - A Boca do Inferno

Acho que o negócio é não falar mesmo de política. Política pra que?
Política não me angaria nem um ou outro comentário no Waru. O negócio é falar mesmo das minhas trapalhadas e desventuras. Da dor de barriga que tive anteontem, e do banheiro do restaurante que tava sem água. Falar do tropeção que dei na rua, e fiquei dois quarteirões olhando pra baixo, até que não houvesse mais chances de trocar olhares com alguém que tenha visto a cena patética.

Ao menos, sei lá por que sorte do acaso, agora o sinal wireless vem até o sofá. De maneira, portanto, que estou livre do martírio da cadeira Luiz XV, que me doía as costas. Resta saber até quando. Alegria de pobre não dura...

Mas, falando nessas cousas, me vem a mente uma outra história. E esta é triste mesmo.
Tínhamos pouco mais de 15 anos. Uma de nossas amigas entrara numa onda mediúnica. De ler mãos, tirar cartas e jogar búzios. Ela também dizia que falava com espíritos (saravá!). Bem, numa dessas sessões de Imagem&Ação, que fazíamos sempre, a noite acabou nessa conversa de arrepios. E ela leu o destino de cada um de nós. Lembro-me como se fosse hoje. Ela pegou minha mão, olhou, olhou, olhou e disse, certeira:

"Você não vai ter nada nessa vida com facilidade. Vai ter que dar muito duro. Dinheiro não virá fácil".

Pena que perdi o contato com ela. De outra forma, ia pedir os números da mega-sena da semana que vem. Êee boca certeira!

O Zé Vurnadino

A atual etapa da política brasileira me faz lembrar muito um interessante requiem de lápide. Lusitano, claro:

"Morreu o Zé Vurnadino,
o mais reles dos sujeitos,
indibíduo muito a-tôa,
ladrão, pirata, assassino,
mas tirando esses d'feitos
era exc'lente p'ssoa."


Se no Senado - "a casa maior do povo" - pode roubar, mentir, chantagear, quem dirá fora de casa...
O que não faltam são exc'lentes p'ssoas por lá. Saudades do bom Zé Vurnadino.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

CPMF - Contribuição Para Mensalão Fixa

Só no nosso país mesmo.
Essa madrugada, foi aprovada pela Comissão da Câmara dos Deputados, a prorrogação da CPMF até 2011.
Repito: 2011.
Foi uma primeira vitória, certamente. Outras deverão vir, para que a CPMF emplaque novamente, e corroa nossos bolsos até tal data.

Entretanto, vamos compreender melhor a "dinâmica econômica" por trás dessa história.
Primeiro, uma retrospectiva:
Em 1993, foi criada com o nome de IPMF (imposto provisório sobre movimentações financeiras), e esfaqueava 0,25% das suas movimentações bancárias, ó leitor. Durou assim até dez/1994.
Em 1996, o governo deu a desculpa de que precisava novamente desta atadura para cobrir os gastos da saúde (de quem?). Sendo assim, foi criada a CPMF (contribuição provisória blá blá blá...). Dessa vez, ela carcomia 0,2% do se rico dinheirinho movimentado.
Em 1999 foi prorrogada até 2002, e aumentou a fatia para 0,38%. Uma bobagem, não é mesmo...
Em 2001 caiu para 0,3%, mas logo voltou pra 0,38%. E, em 2002, foi prorrogada. Em 2004, foi prorrogada de novo e.... agora em 2007, corre o risco de o ser novamente até 2011.

O texto ficou até chato de tantas vezes que a palavra "prorrogada" apareceu. Por preguiça, não fui ao dicionário procurar um sinônimo para ela.

Observe bem, desde 1993 pagamos um imposto provisório. Até 2011, e talvez mais, seguiremos arcando com ele. Estou revendo meu conceito de provisório. Dá próxima vez em que ler uma placa no elevador aqui do prédio, dizendo que está "provisoriamente em manutenção", temerei. 14 anos subindo de escada até o 8o. andar não será fácil...

Deixando de lado o fator tempo, vamos ver o fator eficácia. Era pra salvar a Previdência. Não salvou. Era pra salvar a Saúde. Não salvou. E agora, vai ser pra salvar o que? O Valerioduto, é claro! O Mensalão! Ahhhh... sim. OK.

Garçom, pede a conta. Encerra. Deu pra mim.
O oxiurus aqui vai mordiscar outro ânus...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Moro, num Pa Tro Pi!

Renan Calheiros foi absolvido.
Nao há nada mais a ser dito.
Jorge Ben já disse tudo:
"Moro, num país tropical..."

Apitaço Aqui, Porradaria Lá e Lula na Suécia

Hahahaha!
Hahahaha!
É mesmo de rir a ponto de ficar com dor de barriga.
O país num lamaçal, porradaria em Brasília às portas da Pizzaria Senado Federal, o mestre pizzaiollo Renan Calheiros ameaçado de ser cassado, e onde está nosso presidente?!
Na Suécia!
Ahhhh....
OBS: Pra completar a desgraça, uniu-se à trupe de palhaços anões aqui da rua o amolador de faca. Aqueeeele, famoso, que toca o hino do Brasil enquanto amola facas... Que vida...

Apitaço Aqui, Porradaria Lá

Enquanto os anões palhaços aqui na minha rua brincam e fazem algazarra, os anões palhaços lá de Brasília saem no pau. Oxiurus valentes, estes da "3a. via".
Raul Jungmann e Fernando Gabeira brincaram de pugilistas. Gabeira se recordou dos tempos de militância e partiu pra cima dos seguranças. Nao se sabe se para dar porrada ou para dar amassos e beijos nos negões. Afinal, em se tratando do Gabeira, eu nao coloco a mão no fogo. Já o Jungmann foi logo batendo num senador. Malandro, foi pra cima dos velhinhos.
É mesmo uma demostraçao do caos que este país está. Tudo encenação. Dentro do Senado deve estar rolando um baita rodízio de pizza. Dos bons!
Em país que tem ACM (que o diabo trema nas bases pois ele morreu e vai reclamar o trono do inferno!) e sua gangue, que adulteraram o painel de votação e depois renunciaram para nao serem cassados;
Em país que tem Jader Barbalho - também presidente do Senado quando renunciou para nao ser cassado (e visitou Renan ontem a noite, em sua residência...);
Em país que se deixa uma votaçao como essa ser feita por voto secreto a portas lacradas, para ninguém, NINGUÉM, saber qual rato de barriga branca votou a favor ou contra;
Em país que tem Lula...
Só podemos observar e rir de tudo isso, como bons vermes.

4 Anões, Forró e Apitaço

Pobre Waru. Ficou um bom tempo abandonado. Mas a chama não se apaga.

Hoje, voltei a escrever. Qual foi o estopim?! ! Guess what!? Estou envolto em pensamentos academicos, estudando pra dedéu, sentando no sofá da sala. Mas algo teima em me incomodar. Um forró chato, contínuo, incômodo, cisma em vir janela a dentro. E alto. Aquele triangulozinho irritante, e um apitaço dos diabos. Mas o que é isso?! Não se tem mais paz? Nem mesmo do oitavo andar?

Não teve jeito, fui ver o que era. Vejam bem, há uma farmácia em frente ao meu prédio. Sei lá eu que gênio publicitário sugeriu a ação que eles estão desenvolvendo. 4 anões, vestidos de palhaço, ao som de forró, fazem graça e bagunça na calçada. Divertindo - ou incomodando - os transeuntes.

Um faz bichinhos para crianças com bolas de gás. Outro apita feito um louco. O terceiro e o quarto, quando não estão fazendo malabares, entregam panfletos. Tudo ao som do mais irritante forró. Ao menos não rolou Banda Calypso. Ainda.

Seria uma ação promocional inocente, ou teria a ver com a votação - HOJE - pela cassação de Renan Calheiros?! Afinal, anões (e suas "pernas de anão"), palhaços (nós, oxiurus) e forró (eeeê ritmo da peste!)... hummm, tem propaganda subliminar aí...

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Una No. Una Noooo!

Impagável. O vídeo do post anterior levou-me, por indicação de uma amiga leitora, a este outro vídeo (abaixo). Este, por sua vez, levou-me àquele ainda outro (mais abaixo ainda). Desnecessário dizer que ambos são hilários. Não resisti. Geralmente prefiro eu mesmo escrever bobagens aqui, mas estes vídeos estão pedindo 'pleoamordedeus'.
Garotada: Navegar na Internet só com as DUAS mãos e com a porta do quarto aberta!



E, não se esqueçam, não deixem as novas expressões tomarem lugar do 'Filho da Puta'. Continuem a usar esta expressão linguística que traduz com máxima clareza o que pensamos de determinado sujeito. Filha-da-puuuuuta!