quarta-feira, 4 de julho de 2007

Muhamed Azmeim Al Cafá

Sigo numa tremenda cruzada para atrair a atenção dos meus parcos e tímidos leitores, que, pela minha contagem, não passam de 3. Muito bem, desenvolvi uma nova estratégia. E da boa!

É o seguinte: hoje estava eu preenchendo minha tarde entre um compromisso e outro (caminhando no Centro do Rio, como dito no post abaixo) e passei por duas livrarias. A Siciliano e a Saraiva Mega Store. Fiquei impressionado com uma constatação: em ambas, nas mesas de frente - essas na cara de quem entra na livraria - aonde ficam dispostos os best-sellers - talvez 50% dos campeões de venda eram livros cujo autor, ou cujo título, ou cuja temática era árabe! Ou, devo dizer, muçulmana.

Exemplos: "O Caçador de Pipas" (KHALED HOSSEINI); "O Livreiro de Cabul" (ASNE SEIERSTAD); "Eu Sou O Livreiro de Cabul" (SHAH MUHAMMAD RAIS); "Mulheres de Cabul" (HARRIET LOGAN); "Cabul no Inverno" (ANN JONES); "O Vulto das Torres" (LAWRENCE WRIGHT); "Neve" (ORHAN PAMUK); etc, etc, etc.

Bem, deu pra ver que Cabul ta bombando. Literalmente, hehehe!! Sadismos de lado, me parece que a cultura massificante capitalista, que transforma tudo em produto, é mesmo a grande e eterna Ordem Mundial. Vai bem ao encontro dos desejos do ser-humano, mesmo. Nascemos consumistas. O lance agora é transformar todo este (antiiiiigo) conflito no Oriente Médio em produto. Esses fenomenos literários - consumidos com avidez - refletem que há gente ganhando dinheiro pacas depois do 11/09. Parece que o conflito entre sociedades foi novamente colocado no mapa depois do fatídico atentado. Posto no mapa do consumo. A sociedade ocidental - o grande demonio - já tratou de transformar em produto até mesmo as histórias de sofrimento daquele povo briguento.

Bem, mas não era nada disso que eu queria dizer. Quero dizer que eu, como bom Marketeiro, quero mesmo é entrar nessa onda. Quem sabe se eu colocar um título meio que com cara de árabe, muçulmano, ou coisa que o valha, eu não atraio mais uns olhares incautos? Mais umas lidinhas de canto, pra ver se to contando uma ou outra história de vida em meio a bombardeios...

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